Muitas empresas fazem essa pergunta. Algumas optam por nunca usar pessoas famosas em seus anúncios, focando sempre no produto como o verdadeiro herói. Outras, por outro lado, dependem quase que totalmente de licenciamentos, aproveitando a atratividade de personagens ou celebridades. E, entre esses dois extremos, há aquelas que utilizam personalidades de forma ocasional.
A verdade é que qualquer tipo de co-branding só vale a pena quando a associação traz resultados que a marca, sozinha, não conseguiria atingir – pelo menos não naquele prazo, daquela forma ou com aquele custo. Quando essa equação fecha, a parceria faz sentido.
Evolução no uso de celebridades
Já passamos por várias fases no marketing: a era dos "garotos-propaganda", dos embaixadores de marca e dos influenciadores. Hoje, vemos marcas integrando celebridades em suas equipes, creators sendo chamados para traduzir campanhas e artistas trocando sua imagem por participação acionária. Também presenciamos avatares protagonizando anúncios, empresas adquirindo canais de influenciadores e criadores de conteúdo lançando seus próprios produtos. Tudo isso tem um motivo muito simples:
Nós preferimos nos relacionar com pessoas, não com marcas.
Os números não mentem: as maiores celebridades em redes sociais têm muito mais seguidores que as marcas mais amadas do mundo. Há algo de profundo na relação humana que transcende o marketing tradicional.
Os verdadeiros embaixadores de uma marca: seus funcionários
Além das celebridades, há outro movimento em ascensão: o dos funcionários que se tornam os verdadeiros embaixadores de suas empresas. E não estamos falando de um colaborador que aparece no post de aniversário da empresa ou de uma parceria contratual. Trata-se de pessoas que, de forma genuína, têm orgulho de trabalhar em determinado lugar e compartilham suas experiências espontaneamente.
Hoje, vemos funcionários recém-contratados postando suas primeiras impressões sobre a empresa, comemorando promoções ou compartilhando a rotina no trabalho. Desde uma enfermeira falando sobre seu dia a dia no hospital até um professor relatando os desafios da sala de aula, esses relatos moldam a imagem das empresas para o público.
Os funcionários têm o maior poder de construir – ou destruir – a reputação de uma empresa. E, com a internet, todos eles têm agora um microfone nas mãos.
Liderança autêntica nas redes sociais
Outra tendência é a crescente presença de CEOs e fundadores nas redes sociais. Muitos líderes de grandes empresas, como Luiza Helena Trajano, Alê Costa e Rony Meisler, estão compartilhando mais de suas vidas pessoais, valores e visões, influenciando diretamente a percepção pública sobre suas marcas. Esses líderes sabem que essa é uma das formas mais eficazes e baratas de atrair talentos e melhorar a imagem de suas empresas.
E o impacto não se limita às grandes lideranças. Em todos os níveis hierárquicos, profissionais estão moldando a reputação de suas empresas com postagens que vão desde vídeos virais de comissárias de bordo até frentistas de postos de gasolina que fazem atendimentos carismáticos. Por outro lado, o efeito também pode ser negativo: um comentário polêmico de um jornalista pode afastar o público de uma emissora, por exemplo.
A força dos embaixadores internos
Se você quer atrair talentos, investidores ou melhorar a reputação da sua empresa, comece dentro de casa. Os seus funcionários podem ser os embaixadores mais poderosos da sua marca. Ao incentivá-los a falar bem de onde trabalham, você cria uma conexão genuína que nenhum anúncio é capaz de replicar.
No final, os melhores defensores da sua marca não são celebridades, mas as pessoas que vivem e respiram sua empresa todos os dias.
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